Cinema Brasil – O jornal “Ribeironense” noticiou, em 6 de julho de 1913, que Antônio Teixeira Calvão e Antero Ferreira da Silva instalaram na vila de São José do Ribeirão um “bom cinematógrafo, motor Otto, de 7,5 cavalos, dínamo de 110 volts e 41 ampères, projetor Patgné” em um salão com capacidade de 200 pessoas. Era o Cinema Brasil.
Em 16 de novembro do mesmo ano, o jornal bom–jardinense “A Ordem” noticiou que Hugo Sardenberg, fazendeiro de Barra Alegre, comprara o equipamento do Cinema Brasil e que o instalaria em Barra Alegre. Não há notícia de que tenha levado a cabo tal intenção.
Cine Ideal – O primeiro cinema de Bom Jardim de que se tem notícia foi o Cine Ideal, que funcionou onde atualmente é a sede da banda Recreio Bonjardinense. Seu proprietário, segundo a tradição oral, teria sido Péricles Corrêa da Rocha.
Grupo Teatral Bom Jardim, em 1944, no palco do Cine Ideal. |
Em meados da década de 1940, numa Quarta–feira de Cinzas, o seu telhado desabou. Por sorte, o desastre aconteceu após a sessão, quando já não havia mais ninguém no interior do prédio.
Cine Bom Jardim – O Cine Teatro Bom Jardim foi inaugurado em 10 de janeiro de 1954, com a exibição dos filmes “Duelo das Paixões” e “Vale das Sombras”. O projetor Century, importado dos Estados Unidos, era o que havia de mais moderno na época.
Cine Bom Jardim |
Em 1º de abril de 1956 uma grande inovação foi implementada no Cine Bom Jardim: o CinemaScope, com som de 3 faixas magnéticas (som “Perspecta”) e som estereofônico de 4 faixas magnéticas, equipamentos que apenas outros 8 cinemas do Brasil (3 no Rio de Janeiro e 5 em São Paulo) possuíam. Nessa ocasião foi exibido o filme “Duelo de paixões”, da Twentyeth Century Fox, estrelado por Tyrone Power, Susan Hayward e Richard Egan.
“O Manto Sagrado”, exibido pouco tempo depois, foi um grande sucesso de público.
Adolfo Cruz tinha, na época, um programa da Rádio Nacional. Veio a Bom Jardim e teceu muitos elogios ao Cine Bom Jardim no seu programa.
Cinema alternativo – Desde a década de 1980 até fins da década de 1990, em São José do Ribeirão, funcionava na sede da banda União Ribeironense um cinema alternativo. Emílio Ab–jaud, friburguense, era quem, com seu projetor Bell & Howell, exibia filmes de 16 mm em uma tela improvisada com lençóis presa na parede do fundo do palco. Pouco antes do início das sessões, tocava uma sirene que anunciava o início do filme.
Os filmes exibidos eram muito variados, desde aventuras e ficção científica até clássicos do cinema internacional.
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