Um dos espaços do Galpão Cultural a ser inaugurado nesta sexta-feira (5 de agosto de 2011, às 19h) é o Pró-memória Manoel Erthal.

O homenageado é autor do livro "Bom Jardim - Esboço histórico e corográfico",  de  1957, fonte de pesquisa obrigatória para os que buscam informações sobre a história do município.
Biografia

Manoel Erthal nasceu em Bom Jardim em 14 de março de 1895, na Fazenda Poço Dántas – Barra Alegre, 4º Distrito do Município. Faleceu em Bom Jardim, em 23 de julho de 1974.

Manoel Erthal
Seus pais: Eugênio José Erthal e Eugênia Maria Tardin Erthal.

Manoel Erthal foi jornalista, escritor e político, além de exercer as profissões de comerciante e agricultor.

Pode-se dizer que foi autodidata; frequentou dos 7 aos 13 anos a Escola Municipal de Barra Alegre, tendo sido o seu primeiro mestre o Professor Claudio José Combat. Como ele mesmo afirma em suas memórias, o ensino naquela época não era regular e havia ocasiões em que os alunos ficavam sem aulas durante seis meses. Frequentou também por dois anos o Colégio Brasil no Município de Cordeiro.

Em 1919, casou-se com Julieta, e teve com ela cinco filhos: Lucy, Ida, Lauro, Ivo e José Germano.

Foi membro da Federação de Agricultura da Estado do Rio de Janeiro como também Presidente da Associação Rural de Bom Jardim, por diversas vezes.

Exerceu o cargo de vereador em Bom Jardim por dois mandatos, tendo sido também Presidente da Câmara Municipal e autor de seu Regimento Interno.

Foi membro-fundador do Conselho Municipal de Cultura em Bom Jardim (criado em 1972) onde exerceu suas funções com relevância.

Jornalista e pesquisador por vocação, durante dez anos (a partir de 1963) editou o jornal “O BONJARDINENSE”, sendo seu Diretor e Editor, assumindo todos os sacrifícios inerentes à publicação de um Jornal de interior; quase sem verbas, com auxílio de alguns amigos que acreditavam nos seus objetivos e de colaboradores que participavam sem interesse financeiro, muitas vezes sozinho, trabalhando por altruísmo e convicção.

Além de “BOM JARDIM – DADOS HISTÓRICOS E COROGRÁFICOS”, publicou, em 1946, “A FAMÍLIA ERTHAL” (atualmente com a 2ª edição esgotada). Estava coletando dados para a publicação de outro livro, quando faleceu, em 1974.

Foi incansável divulgador de Bom Jardim, das coisas e da gente bom-jardinense, sendo um preservador da memória e das tradições de sua terra. Seu livro sobre Bom Jardim tem sido permanente fonte de pesquisa de professores, alunos e de quantos têm necessidade de informações sobre o município.

A Família Erthal deve a ele o inestimável trabalho de ser o pioneiro e incentivador da preservação da história da família, e como muito bem colocou o Dr. Clélio Erthal em seu livro “A SAGA DE UMA FAMÍLIA RURAL FLUMINENSE”, Manoel Erthal merece o título de Heródoto da Família.

Homem de fibra, apesar de humildade, de sua impecável honestidade e correção, Manoel Erthal deixou como exemplo, um grande passo para a preservação da história do município e para o levantamento de nosso legado cultural, mostrando que é fundamental a responsabilidade de todo cidadão em contribuir para o cultivo das raízes de sua terra, bases para o conhecimento do passado e alicerces para a construção de seu futuro.

Fonte da biografia de Manoel Erthal:
Bom Jardim, 15 de maio de 1993 – Maria Eugênia Thomaz Figueira.