03 de julho 2010 - Vídeo Índio Brasil (VIB) será realizado em Bom Jardim de 31 de julho a 7 de agosto.
Filmes vencedores de premiações nacionais e internacionais e recente produção audiovisual com temática indígena serão exibidos simultaneamente em Bom Jardim e em mais cem cidades do Brasil. Toda a programação terá entrada franca.
A terceira edição do Vídeo Índio Brasil (VIB) vai contemplar em 2010 cidades de todos os estados brasileiros. O festival acontece de 31 de julho a 07 de agosto, quando serão exibidos filmes com temática indígena em mais de cem cidades, simultaneamente. Bom Jardim é uma das escolhidas para receber o festival neste ano. Desde 2008, o VIB é realizado em Mato Grosso do Sul, estado com a segunda maior população indígena do país.
Em Bom Jardim o festival será realizado no Auditório Marino Pinto, Casa da Cultura Mário Machado Nicoliello, no centro da cidade (Rua Mozart Serpa de Carvalho, 190). Todos os dias, a partir das 18 horas, o Vídeo Índio Brasil vai apresentar uma programação com diferentes filmes, com entrada franca.
Neste ano, estiveram na disputa 80 filmes de todo o Brasil para compor a mostra audiovisual do projeto. A curadoria do VIB selecionou longas e curtas-metragens nas categorias documentário, ficção e animação, compondo uma diversidade de produções realizadas por índios e não índios que mostram, por meio do audiovisual, peculiaridades das culturas indígenas de todo o país.
O objetivo do festival é fortalecer e divulgar a temática indígena no Brasil. "O Vídeo Índio Brasil tornou-se um dos principais programas referentes à difusão das culturas indígenas no país. Como o Brasil é signatário da Convenção Mundial da Diversidade Cultural, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), estamos dando nossa contribuição", resume o idealizador e diretor do VIB, o produtor cultural Nilson Rodrigues.
Na programação de abertura do festival, por exemplo, estão duas produções: “Já me transformei em imagem”, de Zezinho Yube, e “De volta à terra boa”, de Vincent Carelli, ambas do Vídeo nas Aldeias. O primeiro filme conta com a participação do povo Hunikui (Kaxinawá), do Acre, que relata a importância do registro audiovisual para a perpetuação da história da etnia - do tempo do contato, o cativeiro nos seringais até o trabalho atual com o vídeo. Outra produção que compõe a abertura, “De volta à terra boa”, é um registro sobre os Panará que narram a trajetória do reencontro de seu povo com seu território original, desde o primeiro contato com o homem branco, em 1973, passando pelo exílio no Parque do Xingu (MT), até a luta e reconquista da posse de suas terras.
Entre outros filmes que ainda compõem a mostra audiovisual estão: “Mokoi tekoá petei jeguatá – duas aldeias, uma caminhada”, de Ariel Ortega, Jorge Morinico e Germano Benites (Vídeo Nas Aldeias) sobre o cotidiano de duas comunidades Guarani na região sul do Brasil, que sem matas para caçar e sem terras para plantar, dependem da venda de artesanato nas cidades para sobreviver; “Terra vermelha”, ficção de Marcos Bechis sobre o conflito de terras dos Guarani-Kaiowá, em territórios indígenas de Mato Grosso do Sul e “Corumbiara”, de Vincent Carelli, premiado documentário brasileiro, vencedor do Kikito no Festival de Gramado 2009, que denuncia o massacre dos índios Akuntsu e Kanoê (Rondônia).
Eventos paralelos - Além da exibição dos filmes anunciados, as cidades brasileiras terão debates sobre questões indígenas e conteúdo das produções exibidas. Em Bom Jardim, a programação será divulgada em breve.
Histórico - O Vídeo Índio Brasil 2010 é patrocinado pelo Ministério da Cultura, Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural e Secretaria do Audiovisual. O projeto nasceu de uma mostra cinematográfica do 4º Festival de Cinema de Campo Grande – FestCine Pantanal, em 2007, em uma realização do CineCultura. No ano seguinte, o projeto tomou forma e as duas edições realizadas (2008 e 2009) contaram com o apoio do Ministério da Cultura, da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural e do Fundo Nacional de Cultura. O festival teve ainda apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério do Turismo. Em 2008, três cidades participaram do Vídeo Índio Brasil: Campo Grande, Dourados e Corumbá. No ano de 2009, o projeto ampliou seu circuito de exibição para sete cidades de MS.
Mais informações e programação completa podem ser obtidas com Marlon ou Marisa na Casa da Cultura ou pelo telefone 2566–3032. Para saber mais sobre o projeto e obter fotos, visite o site: http://www.videoindiobrasil.org.br/.
Nos próximos dias divulgaremos mais detalhes sobre esse evento.
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